Vários grupos de crianças excepcionais, incluindo o de deficientes visuais,
têm sido estudados extensivamente quanto ao seu desenvolvimento físico, social, mental e educacional.
A pesquisa sobre o deficiente visual tem-se concentrado, principalmente, na
criança considerada legalmente cega e, surpreendentemente, tem sido recolhido pouco material sobre as crianças com visão parcial.
A partir dessa pesquisa, a principal questão é saber se as deficiências visuais,
especialmente a cegueira, afectam as características cognitivas, afectivas e as atitudes.
Cientistas demonstraram que a perda de visão causa:
o Alguma restrição quanto à variedade e profundidade de certas experiências cognitivas, pois o mundo
dos objectos somente pode ser percebido se for pequeno e próximo;
o Alguma limitação de experiências devido ao facto de que a mobilidade é restrita.
Outro cientista demonstrou ainda que a cegueira limita a percepção e a cognição
de três modos:
o Quanto à extensão e variedade das experiências;
o Quanto à capacidade de se locomover;
o Quanto à interacção com o ambiente.
E, claro, estas limitações, por sua vez, afectam a auto percepção da criança
cega.